3 de setembro de 2012

30 de junho de 2012

Me educar para educar

Acabaram-se as férias e com elas o bom tempo vago para me dedicar ao blog. Há tempos não postava, e até o meu próprio computador já não estava mais reconhecendo minha página, o bendito antivírus não o deixava abrir. Mas tudo bem! Vamos em frente...
Educar. Esta é a palavra, meu amigo, a qual busco sua prática ardorosamente.
O Aurélio, não o meu irmão, mas o do dicionário, diz que é: "promover a educação", e para ele educação é: "o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social", dentre outros significados é claro. 
De primeira vista parece simples, mas não é. Para este propósito já li algumas obras sobre crianças, educação, pedagogia e até peguei alguns conselhos com amigos nutricionistas. Mas isto só não basta, haja vista que à sua frente se encontra um espiritozinho que pensa, que se manifesta, que tem vontades (na maioria das vezes diferente da sua), que questiona, ou seja, um ser humano.
Ter a responsabilidade de auxiliar estes pequenos em sua caminhada me deixa preocupado, não vou negar, mas esta responsabilidade me dá um prazer e uma alegria indescritíveis.
Educar é na verdade um caminho de mão dupla, pois que para eu poder ensinar aos meus filhos tive que primeiro aprender. E como tive que aprender, e ainda estou aprendendo.
Não existe esta coisa de faça o que eu digo e não faça o que eu faço. As crianças ouvem o que você fala, mas só entendem o que você é, e não tem como enganá-las. Quando percebi isto, iniciei o meu processo de educação, reforma íntima. Quebrei alguns paradigmas, modifiquei algumas teorias sobre as relações, estou tentando ser menos egoísta e mais altruísta, e por aí vai. Não vou dizer que é fácil e que não dói. Dói e é difícil sair da zona de conforto, mas isto é crescer, é crescer juntamente com os filhos.





10 de abril de 2012

10 de fevereiro de 2012

O que é, o que é?


Minha filha chega até mim e pergunta:


- Pai. O que é, o que é? Ela é bem pequenininha, tem uma boquinha desse tamanho, corta as folhinhas e leva para o formigueiro, você sabe?


Me divirto com essas crianças! Deus abençoe essa simplicidade delas.

3 de fevereiro de 2012

Numa dessas manhãs ensolaradas que acompanham os dias de férias, que passam numa velocidade inacreditável, estava eu, sentado em minha varanda, pensativo, quieto, quase dormindo na cadeira, quando de repente me surge uma luz que quase me cega. As minhas vistas doeram ao tentar encarar de frente a claridade daquela fonte luminosa. Então, em frações de segundos, os meus olhos foram se adaptando àquela luz, e aos poucos foi tomando a forma de um homem, que entre o meu espanto e susto me disse para ter calma e se identificou como anjo Gabriel.

(Eu): - Anjo Gabriel????!!!!
(Anjo Gabriel): - Sim.
(Eu): - O mesmo que apareceu para Maria de Nazaré?
(Anjo Gabriel): - Sim, sou eu.
(Eu): - Não acredito!
(Anjo Gabriel): - Sim, sou eu e preciso de sua ajuda para uns assuntos.
(Eu): - O QUÊ!!!! O Cristo está voltando e precisa de minha ajuda?
(Anjo Gabriel): Nem tanto. Você não tá com essa bola toda com o pessoal lá de cima, não. O assunto é mais simples.
(Eu): - Ah! O que é então?
(Anjo Gabriel): - Como você sabe eu sou o Diretor Planetário das Reencarnações Terrestres.
(Eu): - Sim, e...
(Anjo Gabriel): - E nesse ano que se passou nós não conseguimos atingir a nossa meta mundial de reencarnações...
(Eu): - E...
(Anjo Gabriel): E é aí que você entra na história.
(Eu): - Sei...
(Anjo Gabriel): Então, nossos planos é mandar mais um filho para você....
(Eu): - !
(Anjo Gabriel):  -...ainda este ano...
(Eu): - Assim na lata?
(Anjo Gabriel): - Sim.
(Eu): Tudo bem pode mandar. Mas nada desse negócio de filho do Espírito Santo, hein!
(Anjo Gabriel): Meu filho... Se fosse para ser filho do Espírito Santo, você acha que eu teria vindo aqui perder meu tempo com você? Teria ido direto falar com sua esposa.
(Eu): E por falar nela! Que horas que você vai conversar com ela sobre esse assunto?
(Anjo Gabriel): Eu?! A esposa é sua, você é que vai lá convencê-la.
(Eu): - Mas a meta quem tem que atingir é você.
(Anjo Gabriel): - Opa!!! Você está esquecendo quem é o anjo por aqui... Vai lá conversar com ela e pronto. Se vira, que você não é quadrado.
(Eu): Já estou ficando na dúvida se você é anjo mesmo...
(Anjo Gabriel): Fica com Deus e boa sorte.
(Eu): Até.


Depois das despedidas a luz foi se apagando e o anjo desaparecendo por entre as nuvens do céu. Dias depois  desse episódio a minha esposa engravidou do nosso quarto filho. 
É isso mesmo, mais um membro na família. Você deve estar se perguntando como pode isso acontecer.


 Eu não sei...só sei que foi assim.

18 de janeiro de 2012

Passando o "Tempo"

A entidade física 'tempo' sempre me fascinou. A razão eu não sei. Talvez seja por que ela não respeita poderes e títulos e arrasta tudo ao seu fim; talvez seja por que a sua relatividade atua com tanta força em minha vida que  nas sequências dos seus segundos, que formam os minutos, que formam as horas, que formam os dias, que formam as semanas, que formam os meses, que formam os anos e, que por fim, formam a minha existência, me obriga a passar por situações de alegria e de dor que são absolutas para mim. O fascínio talvez venha por não sabermos até que ponto ela simplesmente não existe quando estamos perdidos em sonhos perto da velocidade da luz; ou talvez seja por que se a perdemos não temos a menor chance de a recuperarmos; ou talvez seja por que ela me envelhece, e meu corpo insiste em lhe obedecer as ordens, entretanto, me traz aprendizado; ou quem sabe é por que ela vai construindo momentos em minha mente que vão sendo guardadas na lembrança, e que essas lembranças ao serem despertadas causam uma certa nostalgia misturada com dor e alegria ao mesmo tempo; ou talvez seja por que ela me traz esperanças, uma vez que possui como subconjunto o futuro. Quem sabe é tudo isso ao mesmo 'tempo'.
Entenderam? 
Tudo bem! Depois eu explico melhor, é que já são três horas da manhã e a febre da minha filha já baixou, posso dormir agora. Ainda dá tempo.


15 de janeiro de 2012

Deixai vir a mim...

Podes vir. Já está tudo preparado para a sua chegada. A sua casa é uma casa simples, não temos luxo, entretanto, já conta com três irmãozinhos que te aguardam ansiosamente e não vêem a hora de te conhecer. Nós, teus pais, apesar dos defeitos, já o amamos e continuamos com as mesmas ansiedades como as do  primeiro filho. Vou te contar algumas coisas aqui da Terra. Apenas algumas por ora, pois que outras deixarei para te sussurar quando dormires em meus braços. A sua mãe é uma mulher excepcional. Com ela você aprenderás a ter persistência e a determinação. A Helena tem aquele mesmo jeito mandão de sua mãe, mas possui um grande amor e cuidado com seus irmãos menores. O Heitor é de uma convivência muito agradável, difícil vê-lo de mau humor e sem aquele sorriso despreocupado. O Henrique, por sua vez, é elétrico, não fica quieto um segundo sequer, enquanto ele estiver acordado estamos em atividade. E eu, daquele jeito que você já sabe, meio filho de mineiro comendo pelas beradas e meio filho de goiano que adora um pequi com arroz.
 Portanto, a partir de agora, a sua vinda vai depender apenas de você, já estamos preparados, não demore.

9 de janeiro de 2012

Uma rosa para o meu amor

Existem alguns erros que são perdoáveis quando a intenção tem como pano de fundo o amor. E um deles é quando a gente invade um jardim alheio e rouba uma rosa para quem se ama. E foi justamente isso que fiz hoje. Entrei em um jardim alheio (bobagens da alma) e roubei uma rosa (poema) e vou dedicá-la à minha esposa, porque, afinal de contas, "o amor não precisa de motivos".


"Ele faz rir. Ela se diverte.
Ele conforto. Ela, sofisticação.
Ele é raiz. Ela, folha que balança com o vento.
Ele come um filé bem passado. Ela, camarão.
Ele assiste Top Gun e Onze Homens e um Segredo.
Ela, Uma Linda Mulher e A Espera de um Milagre.
Ele é um beijo intenso. Ela, um suspiro apaixonado.
Ele faz tudo a seu tempo. Ela é cobrança constante.
Ele, livros, filmes e jogos. Ela, bolsas, sapatos e perfume.
Ele ouve música internacional. Ela, Música Popular Brasileira.
Ele sente o vento enquanto pedala. Ela flutua na água enquanto nada.
Ele mistura doce com salgado. Ele retira cada uva passa do arroz à grega.
Ele, dorme mais cinco minutinhos. Ela, é desejo de pontualidade constante.
Ele, razão. Ela, emoção. Ele, no final vai dar tudo certo. Ela, ansiedade diante do incerto.

Mas juntos são mais.
São família. São planos. São um lar.
Diálogo, boas risadas e um ideal em comum.
Tomam banho de ducha sob o sol de domingo.
E planejam os filhos e as férias que hão de vir.
Há quem fale em completar-se no outro.
Eu não acredito, viemos completos, cada qual com sua qualidade e defeito.
E é preciso amar, tanto um, quanto o outro.
Tenho dito: o amor não precisa de motivos."

Poema retirado do blog bobagens da alma de Agda Y.

8 de janeiro de 2012

Provérbio familiar

Trate bem a sua sogra e cunhadas hoje, pois elas são, ao menos em potencial, as suas babás de amanhã.

5 de janeiro de 2012

Ciumento? Eu?!

Estava eu e minha família numa destas festas de aniversário de criança filha de amigo do trabalho, quando o filho de um deles me chega e dá um baita abraço e um beijo na minha filha. A festa acabou a graça na hora. Eita festinha mal organizada, sem graça e de mau gosto. Naquele momento me bateu uma vontade louca de dar um cascudo naquele moleque abusado. Deu um aperto no peito, um nó no estômago e um amargo na garganta. Ora, como pode! a minha filha com apenas três anos de idade! As vistas  se turvaram e quase o arremessei  pela janela. Passei o resto da festa sentado à mesa emburrado, não vendo a hora de ir embora. O pior é que é eu quem fico como o errado, o ciumento. Já estou fazendo os planos de ação para quando chegar a adolescência e aqueles assuntos de namorados e tudo mais.
O plano funciona mais ou menos assim: vou fazer um churrasco em minha casa e convidar o "namoradinho" da minha filha para almoçar com a gente. Vou colocar o danado sentado debaixo de um sol de meio-dia, dar uma salgadinha na carne e tocar coca cola quente no pentelho. Se ele não desidratar ou sair correndo até o final do churrasco vou ter que passar para a fase 2 do plano. A fase 2 não sei como vai ser, mais ainda tenho pelo menos uns dez anos para pensar nela. 
A bem da verdade é que cachorro que ladra não morde, e eu estou apenas curtindo aquele velho e bom ciúmes de pai, e todo pai sempre quer a felicidade de seus filhos. Ainda não sei como vou me portar quando  chegar esse momento, mas por enquanto não vou pensar nisso, porque o que importa para mim hoje é continuar sendo o super-homem da minha filha, o seu super-herói. E eu quero aproveitar bem esta fase pois que passa muito rápido.